Little Things - Segunda Temporada - 20° Capítulo

Perdida

Que isso hein Liam

Você On

Acordei sentindo como se tivesse algo batendo dentro de mim. Não era algo pra lá de tão forte, mas "esquisito" . Levantei e percebi que a maioria dos outros não estavam ali, apenas tinham Harry, Josh, Liam e Niall. Todos na sala jogando videogame. Me sentei na beirada da cama e coloquei a mão sobre a barriga, só então aí percebi que aquilo que me batia, era o bebê chutando, corri pra sala onde estavam os outros.

Eu: Dá sua mão. - Nem esperei e já puxei a mão dele a colocando em cima de minha barriga. Os chutes ficaram mais fortes assim que coloquei sua mão. Larry parecia estar eufórico sentindo o meu e o de Harry juntos. Meu sorriso não se desmanchava. Harry não tirava os olhos de mim, com eles verdadeiramente brilhando pela sensação sentida. Niall,Josh e Liam se perguntavam uns aos outros o que estava acontecendo, mas quem tinha a resposta além de mim e do pai do meu filho ? Ninguém. 

Assim que Larry se aquietou um pouco, porque não foi totalmente. Harry depositou um beijo onde ele provavelmente estaria com a cabeçinha, ou os pés... Pera, deixa eu pensar... 

XXX: SeuNome ? SeuNome ? Tá aí mulher ? - Eu pensando aqui enquanto Liam me chamava sem parar e também me chacoalhando. 

Eu: Oi ? - Meus lábios por mais que estivessem em um sorriso bobo á toa, estavam começando a ficar meio doloridos. È, prazer, sou a senhora sensível. 

Liam: O que aconteceu pra você chegar correndo aqui ? Está sentindo algo...? - Deixou a pergunta parando no ar. Respirei fundo e respondi.

Eu: Larry chutou. - Ele olhou pra mim como se não entendesse nada. - È Liam, ele chutou. Tipo, mexeu entendeu ? 

Liam: Aaah, sim. - Vai entender a lerdeza com que ele acordou hoje. 

[.........]

Fiquei sentada com Harry na sacada do hotel. Depois da manhã, pegamos o resto das coisas, entramos e já estava todos em seus devidos quartos, organizados. Ajudei Harry a tirar algumas roupas da mala sem precisar desarrumar muita coisa, o Styles é estrambelhado, posso fazer nada . 

SeuNome com 7 meses 

Eu já estava uma bola praticamente, os meninos me zoavam, me chamando de "gordinha", tinha vontade de socar um. O dia em que tive aquele sonho onde Kristen queria me contar a tal coisa, não foi esquecido tão cedo, porém, eu tentava de tudo para conseguir "falar" com ela novamente e todas as tentativas eram em vão. 

Desci a escada da minha casa parecendo uma pata, o chinelo de dedo por pouco não saía do meu pé e se saísse, pronto, ficaria descalça. È extremamente difícil abaixar com essa barriga enorme. Larry iria ser grande, porque olha... Tá fácil não. Sei que devem estar com a pergunta em mente do porque eu não continuei viajando com os meninos na turnê e voltei sozinha, a resposta pra isso, é que foi preciso. Comecei a sentir algumas dores, até me consultei com a doutora que estava fazendo meu pré-natal e adivinhem a recomendação? Repouso. Levando em conjunto aquela laia de "não pegue muito peso, não faça muito esforço" , odeio isso, mas tudo bem. 

Quando avisei Harry de que voltaria ele não gostou muito da ideia, porém, era o nosso filho, então, acatou assim que disse que era para o melhor do próprio. Ah, claro, se vocês pensam que eu voltei para cá sem nenhum segurança comigo... Sinto muito, estão completamente enganados. Jeff e os outros vieram comigo, pois estavam viajando acompanhando eu e Els, e  pra melhorar o foco em cima de mim, meu pai contratou mais uns dez. Além dos carros blindados e as armas escondidas que encontrei assim que passei pelo portão, me assustei e meus olhos se esbugalharam. No mesmo momento, liguei para o meu pai e o próprio disse que aquilo era "só pro meu bem e o do neto dele". Desde então tem sido assim, eu acordo, tomo café, fico zanzando pela casa, converso aqui ou ali com algum empregado, almoço, vejo televisão ou vou deitar, janto e ligo pro Harry antes de dormir pelo resto da noite. È, muita coisa. 

Hoje estava até que fazendo um frio gostoso aqui em UK, decidi que iria sair, nem que fosse só pra ir até a esquina e voltar. Não era assim todos os dias, então, nada melhor do que aproveitar um pouquinho. 

[.....]

Tomei um banho quente, saí e vesti uma das únicas peças de roupa que ainda serviam em mim. Passei um perfume e estava pegando meu casaco quando escutei o toque do meu celular. Nem olhei no visor, já fui logo atendendo.

Ligação On

Eu: Alô?

XXX: Filha? Está tudo bem ? 

Eu: Sim mãe e com você ? 

Victoria: Ótimo. Vai sair hoje ?

Eu: Estou indo só andar um pouco, está um dia gostoso. Quero ver se Larry se aquieta um pouquinho. - Assim que disse seu nome, senti duas "batidas" dentro de mim e aquilo me fez rir baixo. 

Victoria: Onde vai ? É perto de casa ? - Lá vem. Esses últimos três meses tem sido meio que um sufoco. Não culpo meus pais e nem nunca reclamo, só que já basta o batalhão de seguranças e tudo que meu pai me arranjou, minha mãe também dobrou sua parte maternal em cima de mim. Els já lhe deu um coice e como a com coração mole aqui não, ela me encurrala. 

Eu: Sim mãe, é perto de casa. - Disse com um tom meio entediada.

Victoria: Não quer sair comigo ? Sei lá, andamos por aí. - Ela também não ia ligar por nada, sabia que queria alguma coisa.

Eu: Ok, onde te encontro mãe ? 

Victoria: Vem aqui em casa e depois saímos. 

Eu: Certo, antes vou acabar de me arrumar. 

Victoria: Estou esperando.

Ligação Off

Millena On

No frio que estava, rumava perdida pelo caminho. Não sabia falar a língua deles, era tudo muito louco. Em um dia chego em no hotel para me arrumar rapidamente e ir fazer uma sessão de fotos, quando no dia seguinte, estou em um lugar completamente desconhecido, parecia o fim do mundo. Não sei como fui para ali primeiro de tudo, a única coisa que sabia era que precisava de ajuda. A língua que as pessoas conversavam passando por mim era irreconhecível, se fosse alguma que já tivesse ouvido falar, poderia até tentar um tipo de comunicação, mas como não era, tudo se tornava cada vez mais complicado.

Não tinha nem celular, nem dinheiro, nem nada, apenas a roupa do corpo. Poderia parar em algum lugar e tentar ligar para minha amiga que há meses não troco uma palavra, só que como iria pedir para usar o telefone de alguem estabelecimento sem saber o idioma deles ? Minha vida não podia estar mais louca. Se eu tivesse só um pouquinho da ideia de quem poderia ter feito aquilo comigo... Nem que eu andasse por semanas, se eu encontrasse, socaria até morrer.

Vi um grupo de pessoas, que pareciam ter a mesma idade que eu, apenas pareciam. Me aproximei, vai que estavam visitando aquele lugar perdido ? 

Eu: Licença, oi. - Cheguei falando inglês, não era a única língua que eu sabia, mas duvido que falassem português ou espanhol. Alguns fingiram que nem escutaram e outros fizeram cara de confusos, até que um garoto que tinha a pele branca e os cabelos loiros, se aproximou mais de mim, sorrindo fraco. - Você fala minha língua ? - Perguntei de uma vez. Se ele não falasse, iria logo me mandar, não queria perder meu tempo e a tarde já estava chegando. Quando escurecesse, aí sim eu já estaria mais ferrada ainda.

Garoto: Sim. Precisa de ajuda ? Sua cara me diz que é nova por aqui. - Então ele morava ali ? Naquele lugar estranho? 

Eu: Sim, teria um celular, um telefone de casa,ou sei lá, qualquer coisa que faça uma ligação para outro país ? 

Garoto: Tenho sim, aqui. - Me entregou seu celular, que percebi ser um que nunca tinha visto na vida. 

Disquei os números que nunca me esquecia rapidamente que por pouco não erro, chamou umas cinco vezes e nada dela atender. Vamos SeuNome, eu preciso de você amiga. Tentei de novo até que quando ía cair na caixa postal, escutei sua voz meio rouca. 

Ligação On

Você: Alô ? 

Eu: SeuNome eu preciso da sua ajuda. - Deu uma falhada. 

Você: Quem está falando ? Não estou conseguindo te ouvir. - Droga ! 

Eu: SeuNome sou eu , Millena ! - Dessa vez aumentei o tom da minha voz para ver ela escutava melhor. 

Você: Desculpe, acho que você ligou para o número errado. - Desligou.

Ligação Off

Pronto, ela não me ouviu direito e muito menos reconheceu minha voz, legal a vida. E agora ? Ah, deixa eu ver, agora eu estou completamente fudida. 

Eu: Aqui está. Obrigada. - Entreguei o celular para o dono e agradeci de cabeça baixa.

Garoto: Não foi nada. Conseguiu falar com quem queria? 

Eu: Não, a ligação falhou e não reconheceram minha voz.

Garoto: Desculpe.

Eu: A culpa não é sua. 

Garoto: Patrick. - Estendeu a mão.

Eu: Millena. - Lhe cumprimentei.

[.......]

Patrick se mostrou ser gente boa e além disso, falava meu idioma. Ele insistiu para que me juntasse á ele e seus amigos, como não tinha escolha, me juntei. Andamos um longo percurso e cada vez mais eu sentia que ficava longe de tudo. Quando escureceu, paramos em uma grande casa, simples mas de bom gosto. Não quis comer nada, então, ele mesmo me falou que se quisesse dormir, fosse para algum quarto no andar de cima. 

Escolhi o menor quarto que tinha, nada de regalias, apenas uma cama baixa, um guarda-roupa pequeno e um banheiro. Na janela, tinham grades, na minha opinião aquilo seria apenas porque deveriam acontecer roubos ou invasões ali por perto. Deixei quieto e me enrosquei debaixo do cobertor fino na cama. Meus olhos vagavam pela janela, observando a noite escura e sem estrelas. Eu queria mais do que tudo sair daquele lugar, mas como ? Sem dinheiro, sem nada, minha vida não podia estar pior. Como estariam meus pais ? Achando que eu estava fazendo meu trabalho na França como era pra ser ? Nem tinha noção de como minha melhor amiga estava, com certeza o bebê já devia ter crescido mais e ela devia estar uma bolinha, mas como eu saberia se ela estava BEM ? 

[.......]

Dormia profundamente quando escutei um estralo, como se alguém estivesse trancando a porta de algum quarto. Não era qualquer quarto, era o meu. Me levantei e achei aquilo completamente estranho, só para testar, tentei girar a maçaneta e sim, eles tinham me trancado ali. Por que eu tive que confiar em um garoto só por ele ter sido legal comigo ? Que burrice, que burrice! 

XXX: Aproveite a estadia. - Não era a voz dele, parecia ser outra pessoa, um outro garoto, homem, sei lá a idade do ser humano, só sei que era do sexo masculino e mais nada.

Sono? Não conseguia nem fechar mais os olhos. Minha cabeça martelava, a dor não era pra lá de forte mas incomodava. Se eu estava trancada, o que eles fariam comigo ? Meu medo poderia ser vísivel de longe. Sei que meus olhos me entregavam. As lágrimas caíam de meus olhos em abundância, soluços baixos saiam de minha garganta. Onde é que eu vim parar ? 

Oiie amores, tudo bom ? Comentários ? Espero que estejam gostando e me dizem, o que acharam do layout do blog ? Agora sim ele está melhor né? Só não reparem no banner, sei que está zuado mas eu ainda vou tentar arrumar. Beijos, até depois