sábado, 7 de setembro de 2013

Little Things - Segunda Temporada - 27° Capítulo

O começo da Dor.


Nikki On

Arma presa na cintura, macacão embaixo da roupa social, seringas, comprimidos, pano... Só faltava uma coisa. Apertei o botão no ouvido e escutei a voz de Peter logo em seguida.

Peter: Não dá pra falar agora. - Sussurrou.

Eu: Onde você tá ?

Peter: Com o Paul na mira, recepção. 

Eu: O que você pensa que tá fazendo?! Não é pra matar ele. Eu mudei os planos, o Paul não morre.

Peter: Se ele tiver sorte não mesmo, agora se não... Vamos ter que presenciar um lindo enterro.

Eu: Mate ele que eu faço questão de te matar logo em seguida. Você que sabe Peter. Agora desliga seu ponto, preciso falar com os responsáveis pelo quarto dela.

Fez um barulho de toque e então dois dos meus capangas que estavam na porta do quarto de SeuNome atenderam.

Eu: Tem alguém dentro do quarto?

XXX: Não.

Eu: Certo. Não saiam daí e se perguntarem... - Fui interrompida. 

XXX: Nós já sabemos dona Nikki.

Eu: Ótimo, poupa minha saliva.

XXX: Tem gente vindo. Quanto tempo pra ação ? 

Eu: Menos de 5 minutos. - Consultei o cronômetro no meu relógio.

Desliguei o aparelho e corri até chegar á porta do berçário. Eu já sabia qual bebê era o Larry por ter participado do parto e se oferecido para levá-lo até lá. Não sou de fazer um trabalho pela metade e se eu queria a criança, não poderia errar.

Uma enfermeira saía bem no momento em que já ia usar a arma, puxei o pano de trás da calça, molhei com o líquido escondido dentro da bota o qual eu peguei bem depressa e lhe ataquei por trás. 

Eu: Boa noite mais cedo querida. - Cobri seu rosto com o pano e em meio á um minuto, ela já estava apagada. Arrastei o corpo até o banheiro dentro do berçário e tranquei a porta já indo em direção aos bebês. - Chegou sua hora Larry. Vamos com a mamãe. - Peguei o lindo e minúsculo bebê nos braços.


Narradora On

Enquanto Peter seguia para o corredor do quarto de SeuNome, a própria já estava bem acordada e apenas observando o ambiente ao seu redor. Dentro de seu quarto tinham uns três balões azuis e alguns chocolates, dos meninos claro. Andrew, Victoria, Millena e Eleanor estavam quase perto do hospital, o empecilho era o comboio junto e segurando a maioria dos outros carros para liberar passagem, mas apenas isso.

Tudo estava na questão da divisão: um lado do bem e outro do mal. Como se fosse uma história pra criança dormir, mas não era. Peter seguiu a enfermeira que levava a comida de SeuNome bem silenciosamente, tanto que nem o barulho de seus passos poderia ser muito audível. Antes que pudesse chegar no quarto, a enfermeira parou de súbito praguejando á si mesma de que esquecera seu crachá em cima do balcão onde pegam as comidas para os pacientes e mamães de primeira viagem. Colocou a bandeja em cima de um suporte, e saiu andando, deu uma olhada meio demorada para Peter o achando meio esquisito e continuou seu caminho. Ele,por sua vez não foi tão tolo. Tirou o frasquinho contendo o sonífero de dentro do bolso da calça e o despejou no suco. O guardou rapidamente e andou até o banheiro antes que a enfermeira voltasse e ainda o encontrasse ali.


[....]

Os seguranças não desconfiavam de nada, apenas faziam seu trabalho. Dada a hora do almoço deles, até os outros virem para ficar no lugar demoraria alguns minutos. Peter agiu rápido, tendo a passagem livre invadiu o quarto de SeuNome, a qual, já dormia profundamente por causa do sonífero colocado em seu suco. Peter passou os braços por seu corpo e a meio que jogou nas costas, mesmo com os pontos, ele nem se importava. Andou no parapeito e entrou em uma janela de outro quarto. Vestiu seus outros disfarces ali escondidos e então, tudo estava fácil. Saiu com a garota no colo alegando que iria "levá-la para outro quarto", o que era mentira, obviamente. Difícil foi a parte em que ele teve que se esconder antes de ser visto no corredor, correu pro estacionamento e pôs o corpo dela no banco de trás. Afundou o pé no acelerador e saiu pela avenida. SeuNome era sua agora. 


Um tempo antes...

Harry On

Fui acordado por dois abestados, mais conhecidos por Zayn e Niall. Meu humor não estava dos melhores, também, brigar com a pessoa que você ama não é fácil. SeuNome devia estar querendo me dar um tiro, ou coisa parecida. Pra mim ela não estava errada, eu mesmo me sentia muito culpado por ter feito isso com ela. O que eu tenho na cabeça mesmo ? Ah é, nada. 

Até fiquei mais "animado" quando Zayn disse que ela já estava mais calma e menos chateada. Pelo jeito eu perdi muita coisa enquanto dormia. Me troquei, peguei meu celular e saí com eles. Niall disse que vieram de Range, por mim beleza. Estávamos no meio do caminho quando meu celular tocou, olhei no visor e vi o nome "Liam" piscando. Logo atendi.


Ligação On

Eu: Oi Liam, a gente já tá indo pra aí. 

Liam: Muda o caminho e corre pro hospital. Eu e Louis já estamos aqui, seu filho está nascendo Harry. - Acho que levei uns cinco minutos pra tentar assimilar o que ele disse.

Eu: O-O que ?

Liam: O Larry tá nascendo Harry, agora. - Não podia ser ! SeuNome estava ainda de oito meses, não nove.

Eu: Mas Liam...

Liam: Eu sei seu idiota, por isso mesmo. Corre pra cá!

Ligação Off

Ele desligou na minha cara, simples. Processei a informação lentamente na cabeça até cair a ficha. 

Eu: Vai pro hospital Zayn ! - Niall, que estava no banco do passageiro virou pra mim assustado.

Niall: Aconteceu alguma coisa ? Quem te ligou ? 

Eu: O Larry tá nascendo antes do previsto. Vai Zayn ! - Apertei o ombro do Malik por cima do banco. Ele fez uma curva meio brusca e pegou a avenida que levava para o hospital.

[....]

Entrei doido naquele lugar. Puxava meus cabelos fortemente, meu coração estava á mil. Niall foi logo pedir informações pra recepcionista mas acabou que não conseguiu nada, só que minha mulher ainda estava em cirurgia. Liam tentava me acalmar, em vão. Eu conheço minha pequena, sei que ela é sensível, não de sentimentos essas coisas, e sim com tudo isso. Sei pelo o que ela já passou, mesmo ficando ao seu lado, nunca que eu iria desejar aquilo pra alguém. Anorexia, perda da irmã... Vocês devem saber o resto de tudo certo ? 

Liam: Harry calma. - Colocou a mão em meu ombro. 

XXX: Quem são os responsáveis por SeuNome Calder Stewart ? - Um médico, cirurgião, sei lá apareceu na sala de espera, junto com uma enfermeira.

Eu: Eu. Quero dizer, nós. - Apontei pra mim e os outros. 

XXX: Bom, o estado dela não é dos piores. O bebê está bem, porém, correu grande risco de nascer morto. Bebês com oito meses tem mais chances do que os de seis. A mãe foi para o quarto, foram muitos pontos e anestesia com o dobro de substâncias. Sua barriga ainda esta inchada, mas isso não é nada com que se preocupar, acontece com todas as grávidas. Me cabe informar que os dois ficarão algumas semanas á mais aqui no hospital. 

Eu: Eu posso vê-la ? - Perguntei meio receoso.

XXX: Não é muito recomendado mas como vocês já quebraram as regras com os dois seguranças na porta do quarto, não vejo porque não. Mas, apenas um de cada vez. A senhorita SeuNome não está muito habilitada e provavelmente não aguentará ficar muito tempo acordada. 

Eu: Eu vou. - Os outros assentiram.

Victoria: Vá mesmo e depois passe no berçário. Acho melhor você já conhecer seu filho logo.- Me abraçou, balancei a cabeça positivo. Ela, meu sogro e os outros tinham chegado á pouco tempo.

XXX: Me acompanhe. - Saí andando atrás dele até o elevador do hospital. Enquanto esperávamos, vi uma correria de vários enfermeiros e seguranças subindo pelas escadas mesmo. Fiz uma boa cara de confuso, afinal não estava entendendo o porquê daquilo.

O elevador chegou e nós dois entramos. O doutor, responsável por minha mulher, apertou o botão do segundo andar e assim esperamos mais um pouco. Ao abrir as portas, nos deparamos com uma cena um tanto quanto preocupante: os tais enfermeiros e seguranças que estavam correndo subindo pelas escadas á alguns minutos atrás, estavam bem na porta do quarto onde o doutor me direcionou. Caminhamos até o quarto e a muvuca começava. Cada segurança queria falar mais alto que o outro, os enfermeiros tentavam se desculpar e etc. Uma verdadeira confusão. 

Doutor: Ei ei ei ! Isso aqui é um hospital, não um estádio, abaixem o volume das vozes, tem mais pessoas nesse andar também se recuperando.  - Falou botando ordem, todos se calaram no mesmo instante. - Agora, o que está acontecendo ? - Os enfermeiros e as enfermeiras iam falar todos juntos, porém, o doutor ergueu a mão, pedindo pra esperarem. - Um de cada vez.

Enfermeira1: Somos responsáveis por levar os bebês ao berçário. - Apontou para si mesma e mais duas enfermeiras. - Quando o bebê dele - Apontou pra mim. - e da moça aqui dentro - Apontou pra porta do quarto ainda fechada. - nasceu, nenhuma de nós pegou-o nos braços e sim uma enfermeira que dizia ser nova. Eu estava voltando ao berçário agora, para trocar de turno, quando não achei a enfermeira que era pra estar lá. A porta do banheiro estava fechada então, deduzi que ela estivesse fazendo suas necessidades. - O doutor pediu que ela prosseguisse. - Fui verificar os bebês, um por um. Ao chegar na encubadora, o bebê não estava lá. - Abaixou a cabeça. Que brincadeira é essa ?

Enfermeira2: Foi aí que Claire - Apontou para enfermeira que acabara de falar. - me chamou eu mesma resolvi olhar bebê por bebê. Não, nenhum com sobrenome Styles estava no berçário. Não mais. Batemos na porta do banheiro até nossas mãos começarem a doer, mas ninguém abria ou falava alguma coisa, fora que a luz também estava apagada. Nós duas corremos atrás de outros enfermeiros - Gesticulou para o outros presentes. - mas eles nos disseram que nem a mãe do bebê estava pronta ainda pra receber a criança.Enfim,sentimos muito em dizer e por favor não nos culpem. Mas o bebê do senhor Harry e da senhorita SeuNome sumiu. 

Aquelas palavras não queria entrar em minha mente. Como assim meu filho sumiu ? Quem o pegou ? Quem era essa tal enfermeira que entrou hoje e já participou de um parto ? E a principal pergunta: como que eu iria falar uma coisa dessas pra SeuNome ? 

Abri a boca umas cinquenta vezes mas nada saiu. Não conseguia nem formular uma frase, que dirá dizer uma só palavra. O doutor já estava pronto para qualquer reação crítica minha mas nada acontecia. Era como se aquela afirmação da enfermeira fosse uma mentira pra mim, uma brincadeira de muito mau gosto. Imagina você, sendo pai pela primeira vez, indo ver como está a sua esposa e descobre que seu filho simplesmente sumiu ? Assim, do nada. Por uma enfermeira completamente estranha e que eu duvido ser alguém de confiança ?

Alguma coisa em mim crescia, não a tristeza e nem o desespero, apenas o sentimento de perda. Filho não nasce de pai, mas tem o mesmo sangue. É isso o que importa. 

Eu: Vocês ! - Me aproximei mais dos seguranças que estavam naquele meio. - Vasculhem quarto por quarto, estacionamento, saída de pessoas, entrada, tudo. Quem levou meu filho não pode ter ido muito além. - Eles assentiram e saíram depressa descendo as escadas. 

Doutor: Senhor Harry...

Eu: Harry. Apenas Harry. - Disse sério. Meus pensamentos estavam longe, só querendo saber como que eu iria contar essa notícia para SeuApelido.

Doutor: Harry, sua mulher não está em boas condições de receber uma notícia dessas. Ah não ser que você queira mesmo contar agora e os dois passarem por isso juntos. Avisando que ela é praticamente uma pessoa operada em recuperação. Fica ao seu critério. 

Por que tudo tinha que ser desse jeito ? 

Eu: Vou contar agora. - Respondi decidido. Sem escolhas e nem opções, o jeito era esse.

Doutor: Então novamente, me acompanhe. Silêncio por favor. - Abriu a porta. Ao invés de entrar, não, ele ficou parado olhando para dentro. 

Eu: Doutor ?

Doutor: Veja isso com seus próprios olhos. - Saiu da minha frente e se encaminhou para dentro do quarto indo para o lado. 

Penguin - Christina Perri (ouça se quiser)

A cama estava vazia, no banheiro não tinha ninguém, os chocolates junto com os balões azuis que os meninos mandaram para lá pareciam intactos. O lençol bagunçado, mostrava quase detalhadamente a forma de seu corpo. A bolsa contendo suas poucas roupas, que tinha sido posta em cima do sofá perto da janela, parecia nem ter sido aberta. Seu perfume com sabor de lima ainda estava presente, sentia isso. Mas dentre tudo, o que mais me importava não estava li: SeuNome desapareceu. Como? Eu não sei. Além de estar toda cheia de pontos, duvido que ela teria alguma força para conseguir se movimentar demais. Alguém tinha levado minha garota, justamente a pessoa que eu mais amo... Quem seria capaz de tal atrocidade ? Já bastava meu filho, minha mulher também não.

Meu coração não queria aceitar, muito menos meus olhos que já ardiam querendo derramar lágrimas. O desespero começou a tomar conta só naquele momento, a calma que tinha criado minutos atrás para contar a horrível notícia á ela tinha se esvaído. Parecia que até o ar começava a faltar dentro de meus pulmões. Não só levaram-na como também uma parte de mim. Cadê um precipício para mim se jogar ? Porque agora, nada mais iria fazer sentido na minha vida... O meu amor foi levado para longe...longe de mim. Um príncipe sem sua princesa. É, acho que nossa história não teria um final feliz. 






Oi povo tudo bem ? Esse capítulo ficou meio embaralhado né ? Eu sei, ´é porque como são muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, fica meio confuso... Me deixem comentários com as opiniões de vocês por favor ? Um grande beijo e até o próximo !

8 comentários:

  1. Continua?! :3 ta mt foda >< parabéns! posta mais vezes u-u

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  2. Ahhhh, que foda >< Continuaa linda s2
    - Eva

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  3. Oooi :3 continua?! ta maravilhosa! PER-FECT!!!

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    1. Heey! Assim que eu conseguir escrever um capítulo decente (tá tudo saindo adoidado) eu continuo sim :)
      Thank you amr, de coração.

      Beijos

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  4. Leitora nova aqui!! Sinceramente, nunca vi fanfic mais perfeita que essa!
    Ta tudo muito perfeito!
    Continua linda

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    1. Own, que amoooor
      Muito obrigada princesa, de verdade :3
      Assim que eu arranjar um tempo eu continuo sim. Tá tudo muito corrido, agora mesmo eu to fazendo outro trabalho enfim, escola pegando pesado.

      Beijos flor

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